Entenda porque uma eficiente gestão do fluxo de caixa pode
ser um grande diferencial competitivo para micro e pequenas empresas.
O que é fluxo de caixa?
Você sabia que boa parte das micro e pequenas empresas sofrem com problemas de caixa? Pois é, infelizmente essa é uma grande verdade. Mas saiba que em muitos casos isso não ocorre porque elas não conseguem gerar caixa, ocorre porque não há gestão do fluxo de caixa.
Mas como assim? Bom, me deixe explicar melhor isso. Pense em uma empresa que tem um grande volume de vendas à vista. Obviamente, nós pensamos que se uma empresa consegue vender muito à vista, ela está em uma situação confortável dentro do mercado, não é mesmo.
Mas se essa empresa também tem um grande volume de saída de recursos na forma de despesas e custos pode ser que a sua situação não seja tão boa assim. É aqui que se encaixa o conceito de fluxo de caixa: é o registro de todas as entradas e todas as saídas monetárias da empresa. Se a empresa não tem um controle rigoroso das suas entradas e saídas, ela não terá como mensurar os seus resultados reais. E acredite, essa é a realidade de muitas empresas no Brasil.
Qual a importância da gestão do fluxo de caixa?
Quando a empresa tem uma eficiente gestão do fluxo de caixa, ela sabe exatamente qual foi o montante de recursos que entrou na empresa na forma de receitas operacionais e não operacionais e qual foi o montante que saiu da empresa na forma de custos e despesas. Isso é fundamental para o conhecimento da saúde financeira da entidade.
O fluxo de caixa mostra para o usuário da informação, por exemplo, as sazonalidades que ocorrem dentro do próprio mês. Como assim? Vamos pensar na seguinte situação: uma empresa teve em um determinado mês R$ 30.000,00 de receita efetiva, ou seja, que efetivamente entrou no caixa. Desse montante, 60% entrou nos 10 primeiros dias do mês; 35% entrou nos 10 dias intermediários e apenas 5%, nos 10 últimos dias do mês.
Essas informações são possíveis graças à gestão do fluxo de caixa. Da mesma forma, isso vale para as saídas de recursos. Dessa forma, é possível fazer um planejamento de curto e médio prazo baseado em dados confiáveis e tempestivos. Todos sabemos da importância de planejar as finanças da empresa, certo? Agora pense o seguinte: como planejar adequadamente sem ter total controle do que ocorre com o caixa da empresa? Impossível, não é mesmo.
Outro ponto positivo diz respeito ao planejamento de investimentos. Com o conhecimento da geração e do consumo de caixa é possível saber qual é a capacidade de liquidez que a empresa tem e, dessa forma, analisar a viabilidade de investimentos com base nessa capacidade.
O fluxo de caixa é apenas um dos componentes da gestão financeira, mas sem ele é impossível fazê-la. Afinal de contas, tudo na gestão financeira envolve recursos financeiros, ou seja, caixa. Infelizmente, muitos empresários negligenciam isso e, portanto, não têm conhecimento da saúde financeira do seu negócio e isso tem sido uma das principais causas de fechamento de empresas no país.
Fluxo de Caixa projetado x Fluxo de Caixa realizado
Para realizar um bom planejamento de curto e médio prazo é fundamental utilizar o fluxo de caixa projetado. Mas o que é isso e porque utilizá-lo? Vamos por partes. O fluxo de caixa projetado está relacionado ao futuro, isso significa que é utilizado para estimar, com bases técnicas, as entradas e saídas em um determinado momento no futuro.
Pode-se projetar um mês, um trimestre, um semestre ou mesmo um ano. E porque ele é importante? Porque enquanto o fluxo de caixa realizado mostra o passado e o presente, o projetado permite ter uma visão quanto ao futuro financeiro da empresa.
Como garantir bons resultados com a gestão do fluxo de caixa?
Para que as informações obtidas com o fluxo de caixa produzam os resultados esperados é importante tomar algumas medidas. Vamos à elas.
1. Definir um período para realizar a gestão do caixa
Toda empresa tem suas particularidades. Então na hora de definir o período para análise do caixa, deve-se levá-las em conta. Esse período pode ser diário, semanal, quinzenal ou mensal, a depender das necessidades e objetivos da empresa.
2. Atualizar diariamente o fluxo de caixa
Independentemente do período adotado, os lançamentos devem ser feitos diariamente, para se evitar que dados sejam esquecidos.
3. Lançar todas as entradas e saídas
Todas as movimentações de entrada e saída são importantes, independente do montante. Deverão ser lançadas as entradas e saídas de qualquer valor.
4. Criar um plano de contas abrangente
Outro fator que ajuda na gestão do caixa é a elaboração de um plano de contas que abranja todas as fontes de geração e de consumo de caixa. Isso permite à empresa segregar as entradas e saídas por categorias, facilitando assim o mapeamento das principais receitas que geram caixa e das principais despesas que consomem caixa.
Conclusão
Espero que tenha ficado clara a importância da gestão do fluxo de caixa para micro e pequenas empresas. Se a sua empresa ainda não executa essa gestão, então está mais do que na hora de começar. A eficiente gestão do fluxo de caixa pode ser um grande diferencial competitivo para o seu negócio.
